Preservar a alma em vida
da morte incontida e sempre temida?
Linhas tênues palpitam um coração em dias, anos, histórias;
segue os pontos e as vírgulas.
Neste palco desnudo, artistas
sucumbem a cena cortada: Eternize o espetáculo
em caminhos pintados e traçados.
Pagine-os em uma, duas, três...
Uma pena reclama no recôndito:
- O tinteiro aspergirá das entranhas uma personalidade.
A vida em peregrinação estocada em arte:
O prefácio está no aqui, no hoje, no agora.
Neste berço eterno, deleita-te: tua voz ecoará!
Que a finitude lavrada deste coração,
alumie de saudades a graça. Assim fora
o Quintana, a Meirelles, a Adélia...
A vida escalpelada, palatável, folheada
e apreciada em vitrines literárias.
Sob letras em palavras,
em magnum opus... A alma perene.