"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente" (Clarice Lispector).







quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Contigências

Na manhã,
o sol escaldante rompe o
suspiro criativo do ser. O mesmo sol
que precede a tarde chuvosa, de
lágrima intensa e lamuriosa. O ser
calado clausura a ânsia em seu peito:

- Deus onde estás?

A rosa traz consigo a alegria em
belo adorno vermelho - a cor do amor.
O que diz do pecado: ainda não vivera do amor.
Da rosa, os espinhos que antecedem o ardume
do ferimento. Da ruptura emergem lágrimas
sangrentas - o sofrimento do amor. O ser
calado clausura a ânsia em seu peito:

- Deus! Ainda assim, obrigado pela vida!